O Pacto Ecológico Europeu e o Ensino Superior
“É verdade que o chamado European Green Deal integra em si mesmo um verdadeiro tsunami legislativo que vai impactar fortemente empresas e outras entidades e mais vale admiti-lo do que “dourar a pílula”. São efetivamente muitas as medidas que procuram levar as organizações a alterar a forma como desenvolvem a sua atividade e claro que isso é, no mínimo, desafiante para a maior parte delas, senão para todas elas!”, lê-se no artigo de Margarida Couto, Presidente do GRACE – Empresas Responsáveis em representação da Vieira de Almeida & Associados, para a revista do ORSIES – Observatório da Responsabilidade Social e Instituições do Ensino Superior.
A Presidente do GRACE destaca também a Lei Europeia do Clima, que estabelece metas juridicamente exigíveis de redução da pegada de carbono, o Pacote Europeu “fit-for-55”, que define os termos para a redução das emissões de gases de efeito estufa, e a Diretiva da Diligência Devida em Sustentabilidade, que vai elevar a responsabilidade das empresas em questões sociais e ambientais.
Esta realidade desafiante deve ser vista como uma oportunidade para o Ensino Superior (“atividade que pode ser considerada como sustentável”). “Além da responsabilidade inerente à sua missão (formar as novas gerações nas matérias da sustentabilidade deve ser vista como uma incontornável obrigação para quem prepara os jovens para o futuro!), [as instituições de Ensino Superior] podem bem encontrar diversas oportunidades, se forem capazes de jogar na antecipação! Desde logo, oportunidades de diferenciação. Mais ainda, se a respetiva atividade abranger a formação de executivos, numa altura em que as empresas estão tão sedentas de aquisição de conhecimentos nestas novas e exigentes matérias”, diz Margarida Couto.