17 novembro, 2025

Mesa-redonda promovida pelo GRACE – Empresas Responsáveis na COP 30

COP30 - AGENDA

Na mesa-redonda promovida pelo GRACE – Empresas Responsáveis na COP 30, “Natureza e Biodiversidade em Ação: Sinergias Empresariais e Científicas em Portugal”, ficou clara a importância de aproximar diferentes setores para construir uma agenda verdadeiramente transformadora para a natureza. A conversa reuniu contributos complementares que, ao cruzarem perspetivas pública, empresarial e científica, revelaram a urgência e a oportunidade de Portugal acelerar o seu caminho nature-positive.

 Nuno Banza (ICNF) trouxe a visão da biodiversidade terrestre e sublinhou que, apesar dos avanços, ainda falta ao país uma agregação forte em torno de um objetivo comum. Reconheceu a ausência de métricas consolidadas — “ainda não temos o nosso grau e meio” — e destacou o interesse crescente de fundos de investimento em áreas como os baldios, lembrando que não basta pensar em créditos de carbono. É fundamental, na sua perspetiva, olhar para os créditos de biodiversidade, pois muitos dos serviços ecossistémicos têm funções que não podem ser totalmente monetizadas, sendo necessárias novas formas de valorização e proteção.

 Teresa Themudo (GRACE – Empresas Responsáveis) mostrou que as empresas estão cada vez mais expostas aos riscos financeiros, sociais e hídricos associados à degradação da natureza. A regulamentação europeia — em particular o CSRD, que obriga a avaliar riscos, impactos e dependências — está a atuar como um forte catalisador. Mas reforçou que “reportar não é agir”: o trabalho do GRACE passa por ajudar as empresas a ir além do compliance, promovendo competitividade, resiliência e criação de valor para as comunidades, onde a natureza é parte central da estratégia.

 Já Sérgio Carvalho (Fundação Oceano Azul) trouxe a dimensão do oceano, lembrando que a natureza marinha é um pilar da identidade e da economia portuguesas. Partilhou um marco histórico: a aprovação da primeira Área Marinha Protegida do século XXI em Portugal Continental, um verdadeiro “tesouro” que vai começar a ser protegido e que demonstra o compromisso crescente do país com o seu património natural azul.

 Em conjunto, estas intervenções, moderadas por Jorge Cristino (@Get2C), revelaram que a resposta à crise da biodiversidade só será eficaz se unir ciência, políticas públicas e empresas, permitindo alinhar desenvolvimento económico com resiliência ecológica.

 A sessão completa está disponível no YouTube.

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